Sabem quando já não pertencemos só a um lugar, mas a dois? Quando conheces pessoas fantásticas e escreves uma história com elas? Quando a tua família já não está concentrada num só sítio, mas em vários? Quando as diferenças e dificuldades partilhadas, inesperadamente, nos ligam uns aos outros? Quando pensas que tudo está prestes a terminar, mas queres que nunca chegue esse dia?
É... é isso mesmo! Apesar de querer muito voltar para a minha cidade, que tanto amo, porque é onde se encontram os meus amigos e as minhas duas grandes famílias (a de sangue e a minha grande tuna), sei que vou deixar, por uns dias, uma outra que recentemente criei, mas que não me imagino mais sem ela.
Dizem que só quando estamos prestes a retornar é que sentimos as verdadeiras saudades e damos apreço ao que passamos. Eu não acreditava nisso, porque quando cheguei, só pensava em voltar para Portugal... os dias passavam em slow motion, as aulas eram uma "seca" e as saudades eram muitas. Não é que não continue a sentir saudades, porque sinto! Sinto falta dos ensaios e até das aulas na ESE (incrível!!!), ... só que no meu intimo, eu sei que tudo isso continuará à minha espera, quando regressar definitivamente... e aqui... aqui ficará apenas a recordação de tempos onde cresci, aprendi muito, sofri, mas acima de tudo, fui muito, mas muitoooo feliz e onde conheci pessoas fantásticas!
Agora, a minha vontade é de ficar e regressar. De me dividir em dois. De parar o tempo...
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
Fernando Pessoa
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